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lRIS e MAC promovem 3º Luau nas Lajes
Evento contou com a participação de oito grupos musicais de Resende Costa e foi transmitido ao vivo pela rádio InconfidentesFM
O Movimento Arena Cultural (MAC) e o Instituto Rio Santo Antônio (IRIS) realizaram na noite de sexta-feira, 30 de setembro, no Largo da Câmara Municipal o 3º Luau nas Lajes, projeto voltado para a valorização da cultura musical resende-costense e para a revitalização do Mirante das Lajes, patrimônio histórico e ambiental de Resende Costa. A exemplo das edições anteriores, o 3º Luau reuniu atrações diversificadas. A partir das 18h00, tiveram início as atividades voltadas para o público infantil. Uma oficina de percussão, coordenada pelo carnavalesco Márcio Fernandes (o Chiano), animou a meninada presente. Chiano, que coordena a Bateria do Rifugo, pretende montar em parceria com IRIS e MAC uma bateria mirim para se apresentar no carnaval e em outros eventos da cidade.
O Luau realizou também uma exposição de fotografias históricas de Resende Costa, cedidas pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, por meio do projeto “Quando a minha história conta a história de todos” da III Jornada Mineira do Patrimônio Cultural. Foi exibido, ainda, o filme “O som do coração”, história de um jovem criado em um orfanato, e que caiu no mundo em busca de seus pais, contando apenas com o seu incrível talento musical.
A apresentação dos músicos ligados ao MAC, que é um dos focos do Projeto “Luau nas Lajes”, contemplou diversas gerações, estilos e gostos. O tradicional grupo de seresta de Resende Costa, regido por Maria da Penha de Souza (a Penha do Jair), deu início à sequência musical da noite. Em seguida, se apresentaram as Bandas Insignes, Transtornados SDR, Trio Arte, Heitor e Quinzinho, Everaldo Oliveira, Banda do Chá Preto e Linfoma. Numa noite fresca e aconchegante, os presentes contaram, também, com os serviços de bar disponibilizados pela Pizzaria e Buteco da Maura e pelo Bar do Toru (bar da esquina).
Ramon Resende, vocalista da Banda Transtornados SDR, que acompanha o MAC desde a sua fundação e que participou das duas últimas edições do Luau, destacou a importância do Movimento Arena cultural e do projeto “Luau nas lajes” para os músicos da Terra. De acordo com Ramon, os eventos do MAC permitem que sua banda divulgue composições próprias com mais tranquilidade que nos shows contratados, nos quais a banda fica mais restrita ao cover. O vocalista destacou, ainda, a possibilidade de interação, cooperação e troca de experiências entre os músicos como uma das vantagens oferecidas pelo Luau e pelo MAC.
Além de proporcionar oportunidade de apresentação para diversos músicos de Resende Costa, valorizando o artista e a cultura da terra, o Luau é um projeto que pretende resgatar a antiga tradição dos festivais culturais realizados nas Lajes de Cima durante a década de 80. O projeto congrega ainda as causas ambiental e turística, reivindicando do poder público uma revitalização do espaço tradicional das Lajes e a conversão daquele local em ponto turístico consolidado e em lugar apropriado para manifestações culturais diversas. Enquanto o MAC coloca em pauta a discussão acerca da valorização do artista e do patrimônio cultural de Resende Costa, o IRIS traz à baila a questão ambiental e urbanística. A parceria entre os dois movimentos teve início já há cerca de um ano e meio e tem emplacado iniciativas diversas.
Como surgiu o Projeto Luau nas Lajes
O primeiro Luau aconteceu em fevereiro de 2011, quando o IRIS preparava a 14ª edição do Bloco do Cabeção. Na ocasião, membros do MAC apresentaram ao IRIS a proposta de realizar um evento musical nas Lajes como aquecimento para o Bloco. E assim aconteceu o “Luau de aquecimento para o Bloco do Cabeção” (primeiro Luau nas Lajes).
Com o sucesso do evento, logo surgiu a ideia de se levar adiante o projeto, e fazer do Luau um meio de resgate da antiga tradição dos festivais de inverno, que agitavam Resende Costa na década de 80. Além disso, o segundo Luau, realizado em abril de 2011, incorporou publicamente a reivindicação pela retirada do reservatório da Copasa, convertendo o projeto Luau nas Lajes em expressão dos anseios de MAC e IRIS em relação à revitalização das Lajes e à conversão do mirante e da Praça Nossa Senhora de Fátima em pontos turísticos efetivos, capazes de receber eventos culturais diversos.